quinta-feira, 25 de março de 2010

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Um destino não se completa sem um outro.
Assim como não existem aprendizes autodidatas.
Não consigo pensar diferente disso.
A carga da distância é que muito se perde dos trejeitos não examinados pelos olhos, das construções desordenadas, das ideias retalhadas, dos saltos para o alto, e dos tropeços.
Existem diferentes maneiras de se colocar distante, denominada uma de física, e outra de pensamento.
Dói tanto ser distante no pensamento!
E é por essa que mais pecamos.

2 comentários:

Fernanda Bertoncini disse...

Ahazou! Sou sua fã!

Beijos

Thá disse...

Penso exatamente assim, Li.
Não há pessoa que se complete sem um amigo, sem um amor. E não há dor maior do que descobrir que fomos esquecidos ou abandonados. Principalmente quando já compartilhamos tanto, já nos doamos tanto àquele que nos fechou a porta.
Dói ainda mais quando percebemos o vazio. O eco da própria voz que volta com o vento.
Sinto às vezes que somos todos egoístas. Por mais que a gente não queira isso.
Às vezes fingimos que não ligamos. Somos sós. Mesmo sem querer. Somos rasos e superficiais. Enxergamos o que nos aflige. Não compreendemos com muita nitidez todas "as dores do mundo".
E por mais que isso seja natural, não é assim que queremos que nos enxerguem.
Tenho medo de demonstrar meus medos. Tenho pânico de dividir minhas dores. Talvez por sentir que vão me julgar, vão me apontar na rua, vão me achar desprezível ou passível de dó.
Mas, é incrível: sinto ainda mais medo da distância, da indiferença.
Porque estar sozinha, não ter com quem desabafar angústias, é como andar desordenada. Sem tempo ou espaço. Sem rumo, partida ou chegada. É como morrer em meio a uma multidão de rostos sem expressão.

Adorei a nova cara do blog! E adorei mais ainda o seu texto, Li!
Não sei se viajei muito na interpretação (rs), mas espero ter conseguido traduzir o que senti quando li suas palavras.
Um beijo.