sexta-feira, 4 de abril de 2008

Linha de vista

Um mundo de doer que com outros óculos é o paraíso.
Uma boca que me morde que com um abraço me faz esquentar.
Um olhar que me acusa, mas que com lágrimas perdoa.
Não quero uma mão que me pesa, mas o corpo inteiro...

Não deve ser difícil de entender porque, mas não vale a pena saber.
A relação entre eu e você ainda é obscura, dessa forma a vida tem mais sentido.
Quando for te conhecer devo olhar primeiro para os olhos, depois para as mãos e então o sorriso.

Procuro abrigo em alguém, em alguém que também vou abrigar.
Será mais fácil conviver com a minha loucura, e participar no mundo terá mais sentido.
Alguém que me plante uma semente de uma árvore que dará frutos, os que não pudemos produzir.

O amor pode ser assim, aquilo que em si se basta, mas que quando tendo, te impede de enxergar algum limite.
Onde dentro da simplicidade encontra o que é impossível de se explicar.

Um mundo de doer que com outros óculos é um paraíso
Uma boca que me machuca mas que com um beijo me faz curar
Um olhar que me despe que com a verdade trará prazer.

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