domingo, 19 de agosto de 2007

...

Eu.
Centro de mim mesma, tenho vivido como para consertar algo o tempo todo.
Eu.
Penso em tantos movimentos, tantos jeitos, tantas pessoas. E quero tudo, todas elas.
Eu.
Egoísta? Apaixonada por quem? São tantos...
Eu que não me visto, que tenta sempre o certo, sabendo que erro, mas sem culpa.
Agora sem culpa.
Eu que choro, porque preciso agora. Que sinto porque tenho que ser.
Eu que não sei, e sou feliz por não saber.
Eu que não tenho, e nem sei se sou feliz pelo pouco que conquistei.
Eu que acredito, e tenho dito, que quero mais.
Eu que cansei de mentir para mim, que agora sei que o passado serviu de lição.
Eu que amo, mas ainda não sei quem...
Eu que tenho medo e esperança no futuro.
Eu que demoro a viver no presente.
Eu que lembro do que foi bom e ruim.
Eu que gosto de sentir tudo isso.
Eu que não sei quem sou.
Eu que pedi desculpas e agora não ligo mais.
Eu que pareço para os outros o que não tenho pra mim.
Eu = ?.

2 comentários:

Vivian Iziquiel disse...

Não sinta vergonha de ter o foco no Eu!! Tudo que vem de dentro e a gente coloca no papel geralmente fica maravilhoso... Foi o que aconteceu com esse seu texto... Uma crise que está te levando prum lugar bem bonito, te tornando uma pessoa cada vez melhor!

Anônimo disse...

Belíssimo auto-retrato, Lilis!!
Colocou no papel o que, normalmente, a gente não consegue definir. Esse "eu" que é tão amplo e tão restrito.

PS: Que bom, que bom que atualizou o blog, Lí!!!
Tô adorando o livro!!
Beijocas, Thá