quarta-feira, 14 de maio de 2008

Perdão

Eu me perdôo finalmente. É que tenho carregado em mim uma série de responsabilidades acompanhadas da consciência de que não sou perfeita e muito menos tenho sido deixando que minhas emoções tomem a frente na hora em que preciso agir.

Não queria chorar, isso é fraqueza! Mas eu sei que nunca consegui provar por completo que sou aquilo que admiro ser. Penso em ser forte e acabo sendo pedra. Penha.

Por isso, hoje eu vou fazer o que indevidamente sempre esperei do outro, da mãe, do pai, do irmão, do professor, da amiga, do affer. Vou dizer que danem-se os outros, dane-se quem você foi até hoje, pois “o passado já era para nós, mas nós não para o passado”. Magnólia.

Sinta a dor, é necessária, é a devolução do pagamento, o preço pelo qual comprou a sua liberdade de agir, de pensar e de falar o que quis na hora que achou que deveria. Não seja covarde de não aceitar, de não admitir, de se justificar quando não há como se defender. Aceitação.

O perdão que espera só virá a partir de agora, agora que você se aceita, se coloca de joelhos de frente ao espelho, se curva diante dos seus semelhantes. Humilhação.

Não pense exatamente em que escrever, em como dizer, pense exatamente no que sente. É assim que tudo vai dar certo, mas não confunda deixar fluir o que sente quando escreve e deixar fluir o que sente quando precisa tomar decisões que toquem em outro.

Seus olhos não enganam, e isso é bom. Você ainda se preocupa com coisas muito pequenas, e isso é mal. Quero ver você acreditar outra vez. Redenção.

Não esqueça daquela tarde, da tarde em que você se deixou influenciar pelo que havia de bom, quando deixou que um sentimento estranho e talvez perfeito tomasse conta do seu corpo. Eu sei o que te desespera, pensar que toda essa procura seja parte de um grande engodo, que tenha se enganado, mas tudo virá com a sua fixação nos objetivos já traçados pela sua mente, que deve saber equilibrar o amor. Perdão, você, perdão, você, perdão.

2 comentários:

Thaína Parma disse...

A lealdade foi muda. Talvez por isso não tenha sido percebida.
A amizade foi intensa. Doação, crença. A mudança não aconteceu. Apesar das tentativas, apesar dos olhos de reprovação. A cegueira não permitiu que o erro fosse admitido.
Egoísta. Quem pensa que as dores do mundo são maiores que suas próprias dores. É egoísta e não percebe.
Não vê que o que realmente importa é você. Sou eu. É isso que forma o Nós. Um "Nós" que não precisa ser invisível. Isso não é pensar coletivamente.
É sufocar os próprios pesadelos. É se vitimizar sem se dar conta.
É ser egoísta. É não acreditar na amizade. É desperdiçar o tempo. É escolher a morte, invés da vida.
A escolha é nossa.

Anônimo disse...

Agradecendo a visita e o comentário no Anônimos!!!
Sei lá sobre perdão...Perdoar é dificil, acho que a gente mais esquece e faz de conta que esqueceu do que perdoa de verdade.
Bjos.